segunda-feira, 19 de setembro de 2011

3. Inexplicavel... (parte 2 - como o mal passou a existir)


Para entender esse post, veja o post anterior da série.
   A mitologia grega diz que Narciso era um herói de Tépsias, famoso por sua incomparável beleza e orgulho. Embora tivesse beleza física semelhante a um deus, seu coração era vazio. Tão vazio que ele se alimentava dos sentimentos afetivos de mulheres e das ninfas que o admiravam.
   Uma bela e graciosa ninfa grega chamada Eco apaixonou-se em vão por Narciso de tal modo que vivia clamando seu nome. Narciso rejeitou a afeição de Eco até que ela definhou a ponto de se tornar apenas um sussurro. Para punir o rapaz, a deusa Némesis lançou um feitiço sobre ele, fazendo-o se apaixonar pelo próprio reflexo na lagoa de Eco. Narciso definhou admirando-se, até se tornar em uma pequena flor – o narciso. Triste fim!
   Pior fim teve Lúcifer, que deixou-se encantar pela sua própria beleza e capacidade intelectual. O livro de Isaias 14:12-14 diz que o “filho da luz” caiu ao deixar o seu orgulho tomar conta de seu coração. Lúcifer deixou a inveja colocá-lo contra o seu amoroso Criador.
Ele começou a espalhar discórdia entre os anjos do céu, alegando que se Deus fosse amor, Ele os deixaria livres para fazer o que bem entendessem. A vida que eles tinham, guardando a Lei de Deus, não era verdadeira liberdade. Será que eles morreriam se deixassem de adorar a Deus? E se sim, por que? Lucifer finalmente decidiu conhecer “o bem e o mal” por experiência, e convenceu muitos anjos a fazerem o mesmo, alegando que, se o adorassem, Lúcifer lhes daria a "verdadeira liberdade" para fazerem o que quisessem.
   Apocalipse 14:4, 7-9 diz que Lúcifer declarou guerra para assumir o trono de Deus a força, a fim de estabelecer um novo governo. Mas o céu não é lugar de violência. Óbvio que quem venceu a guerra foi Deus; mas a batalha deixou tristes marcas no céu. Lúcifer, o filho amado de Deus precisou ser expulso do céu. Um terço dos anjos decidiram ficar do lado daquele que agora se chamava Satanás (o grande acusador); e foram expulsos juntamente com o anjo rebelde.
   Assim, o orgulho fez as suas primeiras vítimas. Por se rebelarem abertamente contra Deus, mesmo testemunhando o Seu amor e paciência, Satanás e seus anjos não mais teriam direito a salvação. Eles estariam perdidos para sempre.
   Diferente do mitológico Narciso, que lentamente definhou até se transformar numa flor, o real Satanás um dia será destruído diante de todos os povos (Ezequiel 28:17-19; Apocalipse 20:9, 10). Mas era preciso um tempo para Satanás mostrar se seus argumentos seriam ou não plausíveis, para mostrar ao Universo se ele tinha razão ou não, em dizer que Deus é injusto.
   O poder infinito de Deus só tem uma limitação voluntária. Ele não vai além do poder da sua escolha. Você pode escolher estar com Deus e viver, ou se rebelar, e morrer. Mas Deus não vai forçar você a escolher ficar do Seu lado.
   Você quer saber como acabou essa triste história? Não perca o próximo post! Um abraço.